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Desempoderar o Ego e Amar-se a Si

  • Foto do escritor: Ana Tavares
    Ana Tavares
  • 19 de out. de 2018
  • 10 min de leitura

Hoje ao ouvir a exposição da energia semanal de Kaypacha, ele falou sobre para de alimentar o ego, dando inclusive alguns exemplos de como o ego se alimenta e cresce através do drama, raiva, personalidade, desejos, adições e vícios, o que me levou a realmente observar o que estava a dizer e aprofundar o tema neste artigo.


Carl Jung dizia : “ O mundo vai-te perguntar quem és, se não souberes, o mundo vai-te dizer “


Talvez seja importante percebermos o que é o ego, o ego está ligado a mente inferior, a imagem falsa que cada pessoa tem de si mesma, baseado em crenças, moldado por feridas emocionais, pela busca de amor e aprovação desde muito tenra idade, está ligada diretamente à auto-estima, auto-confiança e senso de segurança interior de cada pessoa, também é ego que nos impede de inúmeras formas de conetar-nos com nosso eu verdadeiro, o ego não é o mau da fita, o ego é uma experiência que faz parte de viver no planeta terra, faz parte do caminho de auto-consciência.


O ego fará de tudo para que nenhum de nós sai da sua zona de conforto, que não façamos mudanças, mesmo que isso não seja saudável ou bom, desde que nas suas crenças ele ache que está seguro e confortável, está tudo bem, a nossa mente é programada para isso sobrevivência e estar seguros, logo tudo que seja sair da zona de conforto daquilo que ela conhece como seguro, será terreno desconhecido, assim que na nossa mente surgir uma dúvida ou medo, ela começa atuar nesse preciso momento de forma a combater essa mudança, essa inovação, importante é ficarmos num campo familiar e seguro.


Efetivamente Carl Jung tinha razão na sua frase porque quando não sabemos quem somos, precisamos dos ecos, da opinião dos outros para sentir que temos algum valor, precisamos provar aos outros quão bons somos, quão bonitos, o quão eficientes, o quão qualquer coisa, sem saber estamos apenas alimentar nosso ego, a partir do momento em que viajamos ao centro do Eu interior, no caminho da auto-consciência de nós próprios .


O nosso ego, é o crítico interior, é aquela voz insatisfeita que nos habita que exige, que alimenta de drama, julgamento, que nos leva pelo caminho dos obstáculos, que nos rouba a paz interior, o ego é que alimenta os inúmeros processos mentais com objetivo de nos distrair, desconetar da Alma, desconetar uns dos outros e do nosso propósito, então é hora cada um parar de alimentar o ego.


A Alma é uma lugar profundo e infinito onde existe Amor, paz e alegria dentro de nós, a empatia, a compaixão, a gentileza, apoio, a verdade são apenas alguns dos ponto pelos quais ela se manifesta.


A necessidade de provar quem somos desaparece quando sabemos quem somos, quando passamos amar-nos, a sentir-nos seguro no nosso corpo, a cuidar dele, quando criamos limites seguros para nós, quando deixamos de competir, julgar mas passamos a ir atras da nossa intuição.


Claro que sair da zona do ego requer coragem, requer querer expandir horizontes, sair da nossa zona de conforto, confiar, porque quando vivemos no ego e somos conduzidos por ele só quando chega a dor seja ela emocional ou física, ou ambas é que sabemos que fomos longe demais.


A criança é imune a tristeza quando nasce, assim como quem está na presença de um bebe e o vê sorrir fica rendido, a inocência da mente de um bebé é maravilhosa, porque ela ama seus progenitores com seus defeitos e qualidades, ela nem sequer julga, ela ama, com honestidade, fora de condicionamentos, dispõem de uma liberdade de viver no momento presente apaixonados por tudo que surge em cada momento.


Chegamos a uma determinada idade e isso perdeu-se pelo caminho, passamos a ter de nos proteger dos outros, da vida, do fracasso, a vulnerabilidade que outrora foi associada a criança, à sua inocência é agora visto como uma fraqueza, outrora era sua força, conseguem perceber o quanto contraditório nosso ego gera os pensamentos e distorce a realidade.


Isto porque o ego sabe que se voltarmos a conquistar essa inocência de uma criança em nosso coração de quem confia na vida, se limparmos da nossa mente os medos e condicionamentos, as dúvidas dissipam-se, as limitações desaparecem e nosso poder pessoal é restabelecido, mas que limitações são essas que impomos a nós ?


Porque isto as vezes parece tudo tão contraditório, até as informações que lemos e nos chegam sobre um mesmo tema, por isso digo sintam no vosso coração o que ressoa com vocês.


Viemos todos viver uma experiência de expansão da consciência, de crescimento espiritual e maturidade emocional e da Alma, mas o medo de falhar, o medo da vulnerabilidade, medo de nos relacionar, medo de fazer determinado projeto, medo de qualquer outra coisa, vai criando um fosso existencial.


A criança não tem medo de errar, de tentar, ela não nasce a saber andar e quando começa a tentar levantar e cai, levanta-se e tenta novamente até conseguir, assim como cada brinquedo é uma descoberta nova mesmo que essa descoberta leve dias, semanas, elas não se julgam, não se cobram, não tem medo de voltar a tentar, nem do fracasso.


Nós adultos parece que crescemos e a nosso maturidade emocional diminui, porque para expandirmos a consciência precisamos de viver desafios, oportunidades, experiências, relacionamentos, falhar e conseguir, preciso sentir todo tipo de emoções para nos conetar connosco, precisamos de cada uma das coisas que acontece na nossa vida, livres do controlo da mente, ainda assim queremos controlar a nossa experiência, o que impede a nossa evolução.


A nossa personalidade é moldada desde muito cedo, ainda na infância onde aprendemos as crenças familiares, onde a criança é moldada a realidade da família, onde passa a ter de buscar aprovação e amor, onde o medo do fracasso é oferecido, onde a vulnerabilidade a partir de uma certa idade deixa de ser opção bem vista, a criança aprende a reprimir as suas emoções para sentir aprovada e amada, e aos poucos a criança vai ficando condicionada a aprisionada no seu ego, que vai crescendo e sendo alimentado.


Porque na realidade as crianças são espontâneas, não tem medo de expressar as suas emoções, dizer não, dizer sim, sentem-se apaixonadas pela vida, pelo desconhecido, tudo é uma descoberta, porque vivem no agora, no momento presente, vivem em mindfulness, mas depressa tem de se adaptar a família, as situações, depressa aprendem a controlar as emoções, as ações, depressa percebem que o amor é condicionado e que precisam de aprovação para tudo.


E a medida que elas crescem e começam a ser condicionadas, seu ego também, passam acreditar que para serem dignos de amor e aprovação tem de ir by the book, tem seguir as regras da família, da escola, da sociedade, dos amigos e começam a deixar que o ego assuma controle da sua vida.


Uma das minhas Professoras está semana disse uma coisa maravilhosa, quer trabalhar seu Ego, seja Pai ou Mãe, porque seu ego perde poder num instante, deixam ser as suas necessidades, seus desejos, seus horários, para a sua vida estar centrada noutro Ser, ela diz que acredita que a Maternidade ou Parentalidade, é caminho mais curto para deixar o ego à fome e entrar num outro nível de consciência.


Quem já foi Pai e Mãe, sabe que cada filho traz um despertar diferente dentro de si, cada filho é um portão aberto pela Alma deles à nossa para evoluirmos, para aprendermos, para expandirmos, para a consciência da Alma, ainda que a maioria não tenha consciência disso.


Outro Professor meu esta semana falou que existe aqui um período agora de tempo onde facilmente o ego fica preso sem se dar conta, as redes sociais, onde o ego vai buscar aprovação, visibilidade, competição, julgamento, drama, intensidade, adição, apenas mencionou isso, aconselhou cada um de nós observasse como as redes sociais alimentam o ego, não só na necessidade de aprovação, mas também em aprisionar-nos na baixa auto-estima, no não sermos suficientemente bons, não termos visibilidade como outros e por aí. Qual o intuito que traz as redes sociais a tua vida? Como te sentes quando estás em contato com determinadas páginas ? Para que serve a tua página?


São realmente questões que nos deixam a pensar, este ano esta abertura profunda de algumas feridas emocionais, de aumento de consciência de nós mesmos, das nossas necessidades, a libertação do medo da exposição, a muita gente ter realizado sonhos e projetos é realmente este movimento de libertação do ego.


A verdade é que a nossa jornada, é um processo feito de várias etapas pessoais, umas onde as oportunidades estão bem visíveis trazem felicidade, plenitude, outras de desafios, que embora não consigamos sempre ver trazem ainda mais oportunidades muitas vezes que a oportunidade em si, uma sem a outra não é possível.


São processos, são experiências que nos marcam onde contém aprendizagens profundas, seja uma traição, abandono, relacionamento mau, seja medos, eu digo isto muitas vezes, por exemplo a traição para quem a executa é karma, é alimentar o ego, as feridas emocionais, é carência, é inúmeras coisas, para quem foi traído é uma oportunidade de observar onde está a sua carência, onde se traí a si mesmo/a, onde não criou limites saudáveis, onde a sua intuição deu claros sinais que foram ignorados, enfim, nunca é uma mera traição, são padrões que ambos trazem para ultrapassar, são experiências que contém oportunidade de expandir consciência sobre si mesmos.


O que acontece na maioria dos casos é que por norma as consequências da traição são devastadoras emocionalmente para uma das partes, ficando apegando-se em magoas, raiva, ódio, não percebendo a oportunidade por detrás do ocorrido, na maioria das vezes quem comete a traição, não quer nem saber o motivo pelo que fez, acha que foi pura atração, paixão ou qualquer outra coisa, quando é carência pura, quando é o ego a quer poder através da sexualidade, este é apenas um exemplo, é preciso ir além das interpretações do ego, é preciso ir além do que aconteceu, é preciso perceber aprendizagem por detrás, pois é ela que nos vai libertar de uma parte do ego.


Os condicionamentos que as nossas crenças criam nos relacionamentos é algo tão profundo, o medo, a desconexão que alimentamos uns com outros, vivemos num mundo onde cada vez mais somos conectados virtualmente uns com outros, quando alguém ainda que nesse mundo virtual é gentil, generoso connosco o ego esse tende a julgar, tende a perguntar “quais as intenções desta pessoa “, já repararam como ego condicionada a forma como nos relacionamos uns com outros seja amizade, seja amor, seja profissionalmente, pais e filhos através das suas crenças ?


“ Não vou confiar em mais ninguém, estou cansado/a ser magoado/a”

“ Como é que posso confiar em alguém se estou sempre a ser traído/a”

“ Como posso eu criar parcerias, sei lá se as outras pessoas são de confiança”

“ Quer fazer uma parceria comigo para...”

“ Uhm agora anda a comentar as minhas publicações, de certeza que anda a procura visibilidade”

“ As pessoas só me procuram quando precisam de mim “

“ Nunca vou encontrar um Homem/ Mulher que me entenda”

“ No passado tentei ter um negócio não correu bem ,não vou arriscar “

“ Eu não vou fazer isso e depois se me criticam “


Estes são apenas alguns exemplos do dialogo interno do ego, muitos dos diálogos do ego nem damos conta, mas eles estão lá 24 horas por dia, quando estiveres perante alguma coisa na tua vida, questiona essa é perspectiva do ego ou do teu eu interior, vai tentando perceber a diferença.


Yogi Bhajan diz uma frase maravilhosa . “ Quando o ego se perde, quando seu limite é perdido, tornamo-nos infinitos, gentis e belos.”



Fomos tão dominados pelo ego que invés de com cada oportunidade de expansão através das experiências que vivemos, expandirmos o coração, fazermos mudanças nas nossas vidas, na nossa comunidade e planeta, que fazemos o processo oposto totalmente em controlo do ego, fechamos o coração, fechamo-nos as pessoas, fechamo-nos as experiências.


Quando deixarmos de ser vítimas, quando assumirmos responsabilidade pela nossa experiência, quando descobrirmos a oportunidade que reside dentro de cada experiência, quando percebermos que os desafios são com objetivo de abrir o coração e não fechar, quando percebermos que tudo que vivemos é para obter consciência e conhecimento para a Alma, o ego perde seu poder.


Quando vivemos em piloto automático, comandados pelo ego não questionamos as coisas da forma mais correta, pois ego fica preso no julgamento, na magoa, na raiva e afins, quando paramos respiramos e perguntamos “ o que a minha Alma quer mostrar com isto ?”, tudo muda a energia muda, o ego perde força, o universo começa a mandar mensagens sobre a oportunidade por detrás do que está acontecer.


Viemos aqui para desenvolver relacionamentos de conexão a partir do coração com nosso Eu superior, espirito, Alma aquilo que desejar chamar-lhe, e uns com outros através da gentileza, empatia, compaixão, aprender a perder o poder através do ego para mover-nos na direção do nosso propósito coletivo que é Amar a todos Seres e a natureza, e o propósito individual amar-nos a nós e contribuir com os nossos talentos e potencial.



Algumas técnicas que retiram o poder ao ego e alimentam conexão com a Alma:


  1. Perdão e o desapego

  2. Honestidade connosco e outros

  3. Falar amorosamente forma clara e gentil

  4. Libertar a necessidade de controlar

  5. Pratica do Silêncio

  6. Pratica de Gratidão

  7. Pare de se comparar com outros

  8. Não se julgue nem aos outros

  9. Perca hábito procurar validação e aprovação dos outros

  10. Conete-se com Natureza e o Universo

  11. Abrace a mudança

  12. Abra seu coração em amor seja compassiva/o

  13. Viva no presente

  14. Permita-se criar parcerias amorosas

  15. Permita-se partilhar experiências

  16. Confie em si !


A transição do ego para a Alma, não é fácil, mas não é tão difícil como o ego nos quer fazer parecer, a pratica dos pontos que mencionei em cima aumentam conexão com Alma, a capacidade de manifestar mais e mais amor nas nossas vidas, manifestar o que deseja realmente a partir do eu interior.


A escola do planeta terra e a universidade dos relacionamentos oferecem a nossa Alma a oportunidade de crescimento e expansão, muitas delas só teremos consciência quando chegarmos lá do outro lado, mas por agora vamos aproveitar essas oportunidade de conexão, de criar um impacto amoroso na vida das pessoas com quem nos cruzamos, no planeta.


É tempo de assumir o comando que era do ego, tempo de observar os nossos pensamentos, comportamentos, palavras e ações, para podermos mergulhar na transformação consciente, ao sermos testemunhas do nosso momento presente, do dialogo interno já estamos alinhados com a mudança, pois o observador que não julga, que apenas sente e observa que está a decorrer já está a expandir a conexão com a sua Alma.


Observe onde o ego quer criar barreiras nos seus relacionamentos, onde quer que perca a espontaneidade, onde quer que perca a gentileza, a conexão amorosa, porque quando conseguirmos observar mais e mais, conseguiremos expandir a conexão com a nossa Alma e a sua energia/presença.


O ego as vezes pode enganar-nos com uma falsa coragem, com falsos objetivos, com julgamento do comportamento e ações dos outros, com redes sociais, com televisão, noticias falsas, o ego aproveita tudo e de tudo para nos distrair e não perder o poder, para que a mudança não aconteça, seja nas desculpas para ir ao ginásio, seja para iniciar um projeto, mudar de casa, criar uma parceria, enfim mil desculpas.


Não existe uma fórmula mágica, nem um comprimido, existe disciplina e foco no Amor, nas conexões amorosas, na presença do observador, no silêncio, embora o ego queira fazer-nos acreditar que os nossos processos são separados, essa não é a realidade, cada um tem seu processo individual sim mas estamos todos juntos, estamos todos nos mesmo planeta, a mudança individual tem impacto em todos.


Possamos despir-nos de todas as crenças, condicionamentos que aprendemos, que possamos constar-nos com a nossa Alma expandir esse amor dentro de nós em Amor próprio e a todos que nos rodeiam e ao nosso planeta.


Grata de coração pelas encomendas das Cartas Regentes 2019, do Tarot dos Anjos as primeiras sabem já na próxima semana, grata pelas partilhas de coração, pela inspiração, pelo carinho, pelo pedidos de retornar as consultas, grata também por partilharem meus artigos e informações.


Abraço com Amor,


Ana Tavares


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