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Feminino e Masculino

  • Foto do escritor: Ana Tavares
    Ana Tavares
  • 27 de ago. de 2018
  • 4 min de leitura

Este será concretiza dos artigos mais debatidos por aqui nos próximos tempos, afinal estamos nesta dança de perceber o que é, e como se move em nós e na nossa vida.

Infelizmente perdemos muito tempo na nossa vida a procura do parceiro ideal, da amiga/o ideal, procuramos o amor perfeito, mas fora de nós, e infelizmente essa busca leva inevitávelmente á decepção, separação e desilusão, para não mencionar mágoa, ressentimentos, raiva, culpa e afins.


Todas as relações sejam um trabalho, parceiro, amizade tem um efeito tipo lua de mel, que quando o fogo inicial do entusiasmo se apaga, quando o outro deixa de nutrir o vazio dentro de si, dá inicio o jogo da sombra surge como oportunidade, onde se desenrola uma seria de automatismos inconscientes como forma de auto descoberta das feridas emocionais, das mascaras, e da própria cura e libertação, de nos mover na direção do vazio e do amor.


Cada um de nós nasce com as polaridades equilibradas, mas face aos choques de desamor, a convivência com os pais, até aos 7 anos, seremos levados a desenvolver mais um dos polos é um processo inevitável, por norma vamos nutrir o polo com o género que nos é mais fácil lidar, de copiar o pai ou a mãe como forma de auto descoberta, as vezes até pela ancestralidade que viemos dar sustentação e cura.


O problema está que o outro polo não é nutrido, ouvido e sentido, existe uma linguagem de fome emocional e vibracional que deseja ser desperta, nutrida, o feminino e o masculino são tema de livros, workshops, cursos e retiros em todo o mundo.


Falamos yin e yang que talvez seja o mais evoluído no sentido que ele é extensível ao corpo, aos alimentos e a tudo que nos rodeia, onde tem ainda uma prática consciente e relaxante sobre o assunto, onde mostra que os opostos se completam apesar de funcionar de formas independentes, assim quando podemos observar as nossas características iremos perceber qual o lado que é mais preponderante em nós se o yin ou yang.


A partir desse ponto de consciência de qual o polo mais desenvolvido se desejamos o equilíbrio natural temos de aprender a mover-nos na direção do outro polo, para resgatar essa parte dentro de nós, muitas vezes as qualidades estão lá, mas nem sempre são expressas ou muito claras, então é realmente preciso um esforço consciente nesse sentido.


Seja yin ou yang sozinhos são incompletos, para existir um equilíbrio estes tem estar em unidade, a sua dança de ser em uníssono, jung chamava-lhe o casamento sagrado, a questão está que ambos são opostos, dispares na sua vibração energética, nas suas qualidades inerentes e a medida que fazemos esse esforço consciente em mover-nos na direção do complemento interno de ambos dentro do Ser, aprendemos que essas mesmas qualidades dispares é que as equilibra a ambas.


Yin, energia feminina, a lua, é força amorosa, criadora, fé, compaixão, empatia, intuição, esta energia tem na sua sabedoria a rendição e vulnerabilidade como algo que a conta a si mesma e ao todo, a quietude é meio de chegar, aí onde nascem todos os sonhos, onde a intuição se expande e a partir do qual criamos conexões prosperas.


Yang é o masculino, foco, segurança, proteção, ação, é clareza que penetra, é assertivo, analítico e independente, sabe como criar fronteiras e limites, constrói sistemas, é direção no alvo.


E nesta dança maravilhosa entre este dois polos yin e yang o feminino intuitivo cria, mas é o masculino que cria a ação que transforma os sonhos em realidade.


O que acontece com a maioria dos casais e das relações em geral, é que esta dança só é feito no principio, a partir de um certo acontecimento ou experiência gera-se um dissociação de ambos, e ao invés de trabalharem juntos, moverem-se juntos na compreensão e transformação, não cada um mergulha nos aspetos negativos do outro, ao invés de observar os seus, dando demasiado ênfase a tudo, criando uma desvalorização sobre o outro, ficando mesmo cego não lhe atribuindo valor algum.


O excesso de energia yin ou feminina a pessoa fica imersa no emocional, sem conseguir obter clareza ou estrutura sobre si mesma, ou a própria vida, o excesso de energia yang gera o caos nas estruturas sejam elas relacionais, sociais, culturais.


Então movemos desta inconsciência e desequilíbrio entre as nossas polaridades pessoais e para com outros, para uma estrutura de um novo equilíbrio, cada um deve encontrar uma forma confortável de o fazer, de explorar as suas polaridades.


Movemo-nos para relacionamentos onde o racional e o emocional caminham juntos, onde a intuição está presente, onde estamos interligados, mas não perdemos a individualidade, onde nutrimos mas não sacrificamos as nossas necessidades individuais.


Até agora tudo que temos feito é um jogo manipulativo do ego e de poder, neste últimos anos até o masculino e o feminino dentro e fora de nós, tem sido usado para justificar a inconsciência, desamor e medo, dentro de cada um de nós, este é tempo de mover-nos numa nova direção onde realmente criamos ligação dentro e fora de nós formas mais conscientes e atentas aos nossos mecanismos individuais.



Observe dentro de si qual é a força que se move com mais impacto ? Feminino ou masculino ? E qual é caminho ou direção que acha ser melhor para si para mover-se na direção do equilíbrio interior ?


Grata pela sua presença no blog, pelas partilhas de coração.


Abraço com Amor,


Ana Tavares

 
 
 

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