Animus e as Feridas Emocionais Energia Masculina
- Ana Tavares
- 3 de ago. de 2018
- 18 min de leitura
Anima e Animus
Anima e Animus, na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, são aspectos inconscientes de um indivíduo, opostos à persona, ou aspecto consciente da Personalidade. O inconsciente do homem encontra expressão como uma personalidade interior feminina: a Anima; No inconsciente da mulher, esse aspecto é expresso como uma personalidade interna masculina: o Animus.
É importante destacar que autores(as) influenciados pelo pensamento de Jung já discutem os pólos energéticos "Anima e Animus" sob uma perspectiva universal, levando-se em conta que o desenvolvimento da personalidade interior está regida pelo Inconsciente Coletivo. Neste sentido, podemos citar Roberto Gambini, Ginette Paris e James Hillman enquanto pós-junguianos ampliando o conceito. Podemos pensá-las numa dimensão cósmica, ou seja, pólos que abrangem variados fenômenos da cultura manifestados sob a forma destas imagens arquetípicas. - Fonte Wikipédia
Esta definição inicial é importante para que individualmente esta leitura possa ser feita forma fácil e acessível a todos, vou abordar um conceito mais Universal mas onde menciono os arquétipos masculinos que as Mulheres trazem como cura e compreensão das suas matrizes do eu inferior, como criação das suas mascaras e padrões que tem incutido tanta dor e sofrimento, objetivo deste artigo é poder dar máximo de informação para cada Mulher acima de tudo possa fazer a sua auto observação dirigindo-se cada vez mais para seu equilíbrio individual.
Estes temas são abordados normalmente em terapia não como aqui são descritos, quem já fez processo terapeutico sabe que apenas direciono a pessoa para que dentro de si mesma , daí ser uma terapia transpessoal onde a pessoa é encaminhada a transir seu ego, as suas feridas e a sua visão atual sobre as mesmas, ajudando a encontrar onde o inconsciente está a comandar a sua vida, faço-o através perguntas chave, hipnose e outras técnicas que possuo, neste momento estando dedicada à família, espero sinceramente que este artigo possa ajudar vos na compreensão da origem das feridas emocionais com o masculino, podendo ajudar-vos no processo consciente de cura.
Todas nos conhecemos alguma ou algumas mulheres que admiramos muito, bem sucedidas e competentes na sua profissão e não só, mas no entanto algumas destas mesmas mulheres que aos nossos olhos parecem "super" descrevem uma sensação de vazio, falta de sentir que são valorizadas seja pela entidade empregadora, seja pelo companheiro e/ou família e algumas delas tem mesmo baixa auto estima sentindo-se inferiores a muitos níveis.
Conforme leram na descrição da wikipédia Mr Jung descobriu que nosso cérebro é andrógino contendo masculino e feminino na sua psique, o ego por sua vez vai se identificar apenas com um género, e é assim que as crianças são ensinadas desde que nascem, por isso mais do que a despenalização e a luta pela igualdade de género, estas questões afetam a nossa psique e todo nosso Ser, o conteúdo psicológico inconsciente segue dois cursos ele, é projetado no exterior ou existe uma identificação com ele ambos podem ser profundamente auto destrutivos.
Na realidade o que está preso na mulher é animus, porque permanece como inconsciente não seguindo os seus canais de expressão, a mulher está e sente-se aprisionada dentro de si, projetando o seu animus através das suas relações romantizadas, fantasiadas ou ilusórias, nos relacionamentos com estereótipos em que homens da sua vida tem uma influência tremenda, isto ocorre devido à projecção onde ela identifica-se com animus e perde a sua ligação vital com a sua identidade feminina vivendo um masculino falso ( para uma mulher).
A sua idealização do masculino leva-a a um caminho que vou chamar de auto destruição, isto porque ela tende a anular toda a sua energia feminina sem saber, os milhares de anos de influência patriarcal ou principio masculino ativo na nossa sociedade, fez com as mulheres se tenham moldado nas lutas de poder, manipulação, julgamento e tantas outras das matrizes do eu inferior que prejudicam a sua identidade individual, porque foram-se desconectar de si mesma e da sua natureza.
A maioria das mulheres oscilam entre duas imagens arquetípicas do feminino baseadas apenas nas reações dos homens que encontram pela vida : o fascínio e o horror, aliás basta observarmos os relacionamentos começam assim o Homem tem e demonstra um fascínio, mas quando a relação começa a detereorar-se vira um horror aos seus olhos, esta energia esta ligado ao aspecto "demoníaco" das crenças religiosas instauradas de como a mulher ser o pecado original e que está na psique da humanidade, então o homem passa a ver essa mulher como uma devoradora seja bens ou emocional, feia, frigida entre outros aspetos passa a classificar a partir do desprezo e rejeição do feminino, mas pior é a mulher acreditar nisso como sua verdade .
E as mulheres carregam ambos os aspetos na sua psique o da bruxa e da feiticeira, esta última é a arte da manipulação, onde homem fica a mercê dos seus caprichos , o homem vai espelhar esse feminino rejeitado, o lado sombrio através do horror ou do fascínio tarde ao cedo .
Na realidade as conquistas desenfreadas do feminino nos últimos anos deve-se a procura desse animus interno e individual, como forma libertarem-se dos sentimentos de inutilidade, vazio, de se sentirem desamparadas, um bom exemplo e muito vivido na nossa sociedade é quando uma mulher é Mãe e após ali a primeira semana de encantamento pelo novo Ser na sua vida, com regresso do Pai ao trabalho a sensação de desamparo regressa, inutilidade, vazio 90% das mulheres sentem esta experiência ainda que não falem dela, a maioria das amigas e amigos estão a viver outras experiências pessoais e profissionais não dando tempo ou atenção a essa nova mãe, de repente ela vê-se sozinha com os seus medos, com um novo Ser, novas responsabilidades e a sensação vazio e desamparo aumentam para que esta possam deparar-se com a sua sombra.
Vamos então aprofundar as questões com a energia masculina nas nossas vidas, representada pelo Pai que escolhemos nesta vida para espelhar a nossa sombra, dando oportunidade de começar a extravasar essas emoções reprimidas que impedem a nossa felicidade.
O primeiro animus de cada Mulher é o seu Pai, a sua condição, a sua evolução, a sua força pessoal será determinantes no complexo da relação com energia masculina que vai desenvolver vou dara apenas alguns exemplos práticos que embora não sejam lineares servem de orientação :
* um pai com uma estrutura física alta, sua voz grossa na infância exercendo o seu julgamento e critica vai dar lugar a um alto inquisidor interior na sua fia e na mulher que esta se vai tornar;
* se por um lado a criança tem um pai submisso , fraco que cede facilmente seja a opinião de terceiros, seja a vício está a acordar a matriz da preguiça na sua filha;
* se teve um Pai narcisista a criança vai ter olhar onde está o egoísmo no seu masculino, que na Mulher pode ser feito através de birras emocionais tardias.
Nomeando apenas alguns exemplos cada Pai vai servir o propósito e as necessidades das sombra das forças masculinas da sua filha, ao longo da sua vida ela irá projetar noutros homens e mulheres essa sombra, o animus contem dentro de si a cadpacidade de auto questionar-se uma semente espiritual.
Embora esteja aqui a mencionar os aspetos negativos do animus de do pai na vida da criança, ele tem um papel bastante positivo pois permiti-nos libertar das matrizes do eu inferior/ego, da nossa sombra, de reconhecer as máscaras que adoptamos com masculino que geram dor e sofrimento em nós.
A medida que essa criança cresce e se torna mulher essas projeções vão surgir nos seus relacionamentos na sua vida, nestes relacionamentos ela começa a projetar as suas feridas emocionais com polo masculino, quando estas relações dão erradas ele tem um movimento feminino de recolhimento, é neste momenyo de introspecção que existe a possibilidade de auto-observação de si mesmas, na medida que vai conseguindo observar além do seu ego/eu inferior, além das suas feridas e das duas máscaras ela vai direcionando-secriando transformação e novos movimentos internos na direção do masculino positivo ou equilibrado onde o foco, concentração, vontade, ação, intenção estão alinhadas, a medida que as transformações ocorrerem o inconsciente perde o poder na sua vida .
Uma criança que teve um Pai positivo, que educa no encorajamento diário, que dá a criança espaço mas segurança nas mais diversas etapas da sua infância nomeadamente entre 0-7 anos, respeita a sua individualidade está a potenciar uma mulher aquilibrada que respeita a sua individualidade, as suas escolhas cujo a dependência emocional de terceiros tem pouco poder sobre si, com relações mais equilibradas.
cada Mulher vai sentir-se atraída pelo homem que representar melhora sua sombra masculina dentro dos 12 arquétipos :
* Herói - Rebelde - Bon Vivant - Criador - Inocente - Cuidador - Explorador - Mago - Amante - Governador - Sábio
Arquétipos - definiçao de padrões eu inferior, expressão de um "typos", agrupado em matrizes, que representam ilusão, fantasia, ferida de cada pessoa neste caso no masculino, são "imagens primordiais que estão gravadas na psique, a sua origem está na repetição progressiva das mesmas durante gerações, e está armazenada no inconsciente coletivo.
Para tomarmos consciência dessa criações e desiquilibrios gerados pelo eu inferior, ao longo de tantas gerações no polo masculina, essa manifestação projeção dos padrões repetitivos do eu inferior podem surgir como Pai, irmão, namorado, marido, filho, amigo, patrão.
O papel masculino representado pelo Pai é a lei, a ordem, a autoridade, a estrutura, o movimento do coletivo atual está em sairmos da vitima e assumirmos que contribuímos, trazendo à consciência essas criações, é preciso mergulhar na sombra desse animus libertar a mulher em nós aprisionada pela auto tirania pela instabilidade, pela submissão, pela revolta.
É preciso libertar essas emoções aprisionadas em nosso sistema ainda que na fase inicial possamos parecer um animal selvagem que reage a tudo que vai sentindo e auto observando, podemos ainda ter necessidade de dar forma a tudo isso principalmente à revolta, em terapia eu recomendo que a pessoa encontre um ginásio onde possa praticar boxing com um instrutor informando o mesmo do seu objetivo nos seus exercícios, isto para que a energia dessas emoções comece a sair do corpo físico, quem não gostar desta opção as opta por correr na natureza, mas tem ser um exercício que realmente puxe pelo corpo, além de fazer bem ao corpo ajuda também a mente a perder a força nos eu desejo na matriz da vingança, do confronto onde as perdas de energia são muitas, claro que existem casos onde a "conversa" é precisa como parte do processo, na grande maioria não.
Quantas mulheres não escolher um Bon Vivant / Don Juan como ferramenta para fazer face à revolta com seu pai e/ou mãe ? Pai e/ou Mãe que eram autoritários e accionamos a matriz da vingança sem sabermos ?
Ou que escolheram viver com um cuidador para exercer o papelo de mártir acreditando que outro muda por amor a si, depois por amor aos filhos ?
Quais são as ilusões em relação a ter um companheiro/ marido/namorado ? Fantasias ? O que procura numa relação o amor do seu Pai ? Reconhecimento do seu Pai ? Valorização do seu Pai?
Apaixona-se por um home, a relação evolui normalmente até que um dia sistema de padrões negativos é ativado em ambos, de repente você tem dentro de casa um homem que bate com as portas, ou sai porta fora sem dar "satisfações ", ou que vive entre agradar e fazer birras, ou faz as malas.. enfim enúmeros mecanismos de chantagem emocional para obter atenção, este é apenas mais um dos muitos caminhos para a auto observação interior, para questionarmos como está essa criança interior dentro de nós face a experiência que está áa viver ? E a mulher ?
Estes são os tempos de assumir que as nossas relçaões são um espelho dos aspectos inconscientes que precisamos iluminar ou trazer à consciência, porque 90% deles estão sempre a operar e residem no inconsciente, não existe aqui um processo lógico porque se existe-se todos os psicoterapeutas estariam nos ícaros com a vida, existe um processo individual que não pode ser dissecado pela mente porque ele envolve muitas equações para despertarmos dessas ilusões, padrões, fantasias do eu inferior/ego.
As nossas experiências/ vivências marcam sempre pontos de viragem de libertação do nosso masculino que no seu íntimo como energia original deseja fundir-se com o feminino através das emoções, sentimentos e intuição, dando-lhes o devido valor na orientaç\ao do nosso Ser e como forma de equilibrara as atividades orientadas pela mente.
Não precisamos sair por ai a expor as nossas dores, as ilusões, padrões, podemos criar um espaço seguro de silêncio e auto-observação, caso não saibamos como o fazer sozinhos, ou sintamos mesmo a necessidade de apoio durante o processo recomendo a procurar de um profissional que oriente esses mergulhos interiores, ressalvo aqui a necessidade de que o profissional ser uma pessoa amorosa que a cada etapa que vai surgindo, a cada tomada de consciência onde se desmultiplicam os matrizes do eu inferior nas várias camadas das mais densas as mais subtis possa sentir segurança.
Não podemos ter a leviandade de querermos resolver tudo de uma vez, temos aprender a ter compaixão com a pessoa que somos em cada momento.
Continuando quantas mulheres terminam as relações emocionalmente desfeitas ? sentido que não tem qualquer valo, que foram estúpidas, que não merecem ser felizes, que existe algo de errado com elas ? Quantas mulheres afirmam que não se sentem amadas pelos companheiros?
Todos temos um inquisidor tirano interno, uma voz crítica que grita, ela está lá sempre, mas é potenciada e podemos observar melhor a sua "presença" quando surge algum choque emocional, quando algo ocorre no campo emocional que nos perturba, é a grande oportunidade de observar qual o dialogo que mantemos, podemos perceber esse arquétipos d pai ditador e que também juiz, que estabelece as regras, que condiciona o comportamento, dizendo o que é e não aceitável, convencendo-nos que realmente somos essas regras, crenças e valores, quantas meninas na infância sentiram que eram indignas de serem amadas, reconhecidas pelo seu valor ?
Vou dar meu exemplo pessoal meus Pai saiu de casa tinha apenas 2 anos e 4 meses, durante muito tempo devido a inúmeras circunstâncias eu achei que havia alguma coisa errada comigo porque ele não me amava, não estava presente, não reconhecia meu valor, foram muitos anos até conseguir dar com esses padrões, foi preciso mergulhará nessa criançainterior e deixar que ela me mostra-se o que estava lá suprimido, se já resolvi tudo não porque mesmo depois de percebermos o que está lá é como uma cebola vamos despindo camada por camada , cada vez mais subtil . Não sou vítima escolhi viver esta experiência como evolução, mas tive olhar a raiva e a revolta do masculino, tive de observar como isso condicionou e atraiu os relacionamentos com homens na minha vida, como foi evoluindo ou não a subtileza do padrão.
A questão é como é que o teu tirano interior te aprisiona, sabes ?
Como é que essa voz crítica julga, como é que aprisiona, como é que esse aspecto do masculino inflamado dentro de nós gera violência, desarmonia, agressividade por isso decorre do animus inconsciente, materializa-se na experiência tantas vezes quantas as necessárias até ao despertar da ferida de forma consciente, até estarmos tão exaustos de dor e sofrimento que vamos em busca de ajuda, ou então que continuemos em modo fuga das emoções e mergulhamos no trabalho viramos worhaholic bem sucedidas, como compensação desse emocional, mas onde o sentimento inato do feminino está à muito danificado.
A ideia de que o pensamento é frio, lógico, objetivo e estéril muitas vezes é porque essa ligação ao feminino onde reside a fonte de criatividade e intuição foi desligado, o fogo foi bloqueado dando origem a repetiçoes e repetiçõe, ao invés de algo original e único.
Quantas mulheres viram as suas relações falharem desde a infância uma atrás da outra, falaram primeiro em conseguir ter uma relação com o Pai, depois com outros homens, muitas foram em busca da espiritualidade nas suas mais diversas formas a procura de um homem sábio, evoluído, sensível emocional, espiritual e culturalmente, uma espécie de anjo encarnado que as vais salvar, que esteja a salvo da contaminação do ego, está é uma das muitas ilusões, fantasias, onde o ego pessoal faz uma transferência para um ego espiritual iludindo-se que está a salvo das experiências, do sofrimento, na realidade a ferida está lá e tarde ou cedo irá surgir no aspeto positivo e negativo da relação.
A Grande Revolta está áno arquétipo da Grande Mãe , o feminino maduro mas que se torna negativo muitas vezes, onde as experiências vividas são emocionalmente muito duras, onde as mulheres se julgam umas as outras, acusam onde as matrizes da desunião, da ferida são projetadas em terceiras pessoas, onde palavras de acusação surgem de forma a magoar e a ferir a outra pessoa.
Se és mulher concerteza que já foste "julgada" bruxa, maligna, manipuladora, mentirosa , onde as vivências negativas da Grande Mãe são um espelho para ti ? Quando essas acusações surgiram de outras mulheres ou homens o que sentiste ?
No corpo o bloqueio com a Grande Mãe surge de inúmeras formas através de menstruações irregulares,amenorreia, endometriose, problemas fertilidade e tantos outros.
As mulheres cujo animus está descontrolado em excesso no corpo sofrem de distúrbios compulsivos como bulimia ou anorexia, podendo oscilar entre ambos, a falta de ligação à matriz feminina forte ataca o corpo com animuns negativo onde a mulher inconscientemente está separada do seu feminino.
Em terapias quando uma mulher descreve que sente seu feminino atacado, menciona que sente que não pode baixar a guarda, ou argumentam que não consigo ser feminina além da roupa ou ser mãe, porque a sua vida não lhes permite, existe um desligamento claro da criatividade, da apreciação de si mesmas e existe um ditador interno, inquisidor das suas cobranças diárias que diz que além do que faz precisa fazer mais.
Um animus descontrolado na psique da mulher torna-a impessoal, fria, desumana e autómata, a menos que esta mulher permita relacionar-se com seu feminino e ser um canal consciente de si mesma, onde segue um caminho da espiritualidade como caminho consciente da sua evolução, pois esta tem um papel primordial no seu despertar, ou a sua negação a existência do eu inferior/ego apodera-se totalmente da personalidade vivendo apenas as ilusões e fantasias das suas feridas emocionais, das suas crenças , ou seja vive a repetição dos padrões do seu eu inferior apegado ao sadomasoquismo da dor e sofrimento, vive a vitimização .
Porque ess animus descontrolado na forma de raiva e revolta desconhecida ou suprimida devora tudo ao redor da pessoa, é como um animal feroz de boca aberta que destrói tudo por onde passa, assim são as emoções que não tomamos consciência, pois delas nascem as nossas reacções destruidoras, ainda que tomem a forma de submissas ou passivas são destruidoras.
O movimento que começou a delinear-se em 2012 veio culminar no último eclips, que veio destapar esse inconsciente, muito já ouviam ou liam quedos pensamentos criam a realidade, agora vão ver como esse inquisidor interno cria a realidade, vamos ver como os valores que são as fundações feminino foram por nós destruídassseja ao nível individual ou coletivo, as emoções como as mágoas que nãoã tiveram oportunidade de ser expressas e que se vão tornando alimento desse animus descontrolado até ao dia que age.
A Espiral de dor e sofrimento está a ser elevada mostrando as ilusões, as fantasias, manipulação do ego individual onde "atacamos ou somos atacados" , este tem sido o padrão que mantemos nas nossas relações, ataque tem muitas formas desde a manipulação, ao julgamento, será consoante a matriz que precisa ser exposta, mas que move uma espiral de raiva e revolta que reune e impulsiona a sombra dentro de cada um de nós, desta energia deste anime nascem as guerras, divórcios, as brigas, as discussões, o jogo de acusações este é o movimento inconsciente que habita em cada homem e mulher.
Quando o polo masculino e feminino no interior e exteriorentram nesta dinâmica de luta de poder, onde verdadeiro alimento são as emoções que foram reprimidas como a raiva, o ressentimento, a inveja, o poder, a frieza que está no medo e no desamor que foram gerados na infância dentro da convivência que cada um teve com o pai e a Mae, depois ao longo da sua vida com outros masculinos e femininos repetindo as experiências desequilíbrio que foi gerada como forma de conseguir atingir a consciência e libertar-se, retornar ao equilíbrio e ao amor.
Em terapia equilibrar o animus conhecido numa linguagem mais comun como yang, polo masculin ou energia masculina, tem de ir explorara a ferida com o Pai, percebendo o que na constelação sistêmica entre ambos ocorreu, onde é que a criança ficou presa, quais as feridas emocionais, quais os choques de desamor e medo, quais as crenças e valores para conseguir resgatar o animus e o equilibrar dentro de cada mulher e homem, este e um dos muitos trabalhos com a criança interior.
Quando uma mulher e um homem começam a ter consciência dos vários aspetos da sua infância com Pa e com a Mãeã, ou até com ambos, começa a perceber como foi desenvolvendo as suas máscaáras para se defender dos choques emocionais de desamor e medo, começa a perceber os lados opostos dentro de si, difusos, começa a perceber as suas forças e fragilidades, o lado escuro do Pai/Masculino consiste na raiva, necessidade de controle, sensação de vazio, inadequação por seu aldo o aspeto positivo e equilibrado gera poder pessoal generoso, ação, segurança e criatividade.
A mulher muitas vezes está presa ao polo idealizado do seu Pai ou rejeitado depende, quando isto acontece, ela rejeita os próprios aspetos de si mesma, Ser inteira é começar a aceitar tudo no momento presente, o que exige uma grande disciplina e auto observação sobre as nossas projeções, este caminho não pode ser feito num dia temos a vida toda, cada momento de cura e libertação irá surgir no momento certo, é irmos aprendendo técnicas de como recrutar essas partes onde o filme do inconsciente está a gerar a experiência da nossa vida, sendo que o Pai/masculino representa a autoridade, ao rejeitar o Pai ou tendo um masculino desiquilibrado estamos a rejeitar a nossa própria autoridade, gerando muitas vezes relacionamentos abusivos como forma de trazer à consciência essa matriz de rejeição do seu masculino e feminino, criando assim limites saudáveis ao nosso ser.
A Mulher que outrora foi criança cresceu desenvolveu ilusão, a fantasia sobre seu Pai e por repetição de todos os masculinos em sua vida pode ver as suas capacidades de realizar profissionalmente por exemplo frustradas, porque o sucesso está condicionado aos termos do seu relacionamento com o seu pai, uma vez que é disfuncional a pessoa terá muita dificuldade em desenvolver talentos, acabar um curso, afirmar-se profissionalmente.
Mas a idealização com pai pode ainda impedir uma relação saudável com outro homem ou mulher, pois qualquer potencial companheiro/a será sempre comparado ao pai idealizado e nunca será suficiente.
Assim cada a Homem e Mulher assumir o resgate de si mesmo/a, resgatar esse masculino interior libertando a revolta e encontrando o caminho do coração que é um polo masculino em relação harmonia com nosso polo feminino.
Afirmar que caminhamos na direção do resgate do feminino é afirma que que seria o único caminho, mas não eles estão interligados e o equilíbrio de um é o equilíbrio do outro, não é um caminho lógico ou racional.
A integração\ao do feminino está em estágio para 90% da população mundial, por isso humanizar o animus trazendo a nossa consciência as suas feridas com o polo masculino dentro de si, onde o Pai foi o veículo semente da vida, dando-lhe forma, á medida que este processo com o masculino foi feito é preciso fortalecer o feminino dentro de cada um de nós, não é apenas restaurar danos do patriarca, é mais além, é a própria ferida de rejeição com o seu feminino, é reconhecer os ancestrais femininos.
Cada mulher nos dias de hoje preciso aprender a libertar-se dos grilhões da subserviência e submissão que tem nos seus relacionamentos sejam com companheiros, filhos, filhas, amigas, porque o que gera desequilíbrio é a rejeição da Mãe e do coletivo feminino, onde a separação, o julgamento, a inveja, a competição, a separação que divide a mãe e a mulher, divide e separa cada mulher dentro de si mesma, divide o seu emocional, compartimenta, racionaliza divide bloqueia a sua intuição.
Uma parte intrínseca da cura é desenvolver o feminino, descobrir como ele é forte e não fraco, é preciso reconciliar a mulher com a sua identidade biológica acolhedora, receptiva, amorosa, criativa , compassiva, intuitiva.
O papel de um terapeuta neste processos é seré uma sustentação amorosa livre de co dependências emocionais, é ser recipiente doador seguro e materno onde a pessoa possa sentir-se segura, acolhida , um terapeuta sem preparação para acolher processo tão profundos pode piorar o estágio de consciência, porque as suas próprias crenças e valores podem interferir com o processo individual do paciente.
Por exemplo : imagine que as crenças são de libertar as mulhers do masculino, que o masculino é mau, insensível, ou valores e crenças sobre o feminino, ambos estes exemplos irão gerar desequilíbrio porque o paciente eást ali para acolher e liberar seu feminino, se receber dos eu terapeuta for demasiado identificado com animus, levando a paciente a ser assertiva e ambiciosa, pode gerar mais desíquilibrio, porque na realidade ela vinha acolher seu feminino é preciso um terapeuta amoroso, intuitivo e sensível apenas a lógica dos livros aqui não vai chegar, os terapeutas pioneiros que mergulharam profundamente em seus processos individuais nos últimos anos e continuam em atualização permanente sabem que o Ser tem ser tratados nas suas várias componentes física, emocional, energético e espiritual dando essa compreensão aos seus pacientes, cada terapeuta irá usar a sua criatividade, intuição individual para chegar ao caminho do coração do seu paciente.
O perfeccionismo, que é uma das mascaras do eu inferir, tem espirito de sacrifício ou até de mártir, alimenta-se de sentimentos e fantasias por um ideal, uma conquista exterior a si, é um movimento que precisa ser observado, porque a voz inquisidora deseja mais e mais, nem permite que possamos usufruir do que foi conquistado, já está a exigir mais alguma coisa, mas à medida que temos percepção dela ela vai perdendo o seu poder, quando vimos esse movimento do animus é realmente preciso coragem de olhar a nossa sombra e disciplina interior para lhe resistir, recolher em nós no silêncio interior, em auto cuidado tratando de si fazer coisas que lhe dêem prazer e faça rir, praticar a gratidão, apreciar lado simples da vida, assim a energia impetuosa do animus vai perdendo a força e energia, tudo que for nutrir a vida aproxima-nos do equilíbrio, mesmo que ao principio possa não lhe parecer assim tão espontâneo e autentico, não faz mal deixe fluir porque um dia será natural em si.
Quando o animus domina, ou achamos que dominamos o masculino podemos incorrer num auto engano, a pessoa que esta neste padrão tem um complexo de superioridade face aos outros, entra em parcerias onde acha que pode tirar vantagem sobre a pessoa seja ela material ou outra, mas aqui tudo é muito vago, pouco criativo, muito planeado mas inflamado pela energia.
E o isolamento quantas pessoas após relações dolorosas, criaram isolamento do mundo, refugiaram-se com medo do sofrimento, é preciso ter consciência deste animus para entender o psico emocional, para recuperar os territórios dessa inconsciência é preciso ir descobrindo como se movem as matrizes do eu inferior, quais aferidas emocionais , as suas másácaras, crenças valores, os arquétipos são apenas uma das formas de percebermos o processo individual e recuperar a nossa autoridade individual intrínseca.
Sem o sabermos existem muitos movimentos, teorias feministas tradicionais que apenas alimentam este animus negativo na esfera individual de cada mulher e no coletivo, porque existe a crença que as mulheres só podem ter sucesso nos mesmos termos que os homens, e tantas outras crenças, e está tudo certo no processo coletivo de despertar porque existe uma parte que se faz necessária compensar na opressão ao feminino, nada no universo é ao acaso, assim como nas nossas vidas, movemo-nos na direção das mulheres criarem estruturas de vida, na sua comunidade e na sociedade em partilha e cooperação não só entre mulheres como com os Homens, onde a individualidade e as diferenças de cada ser são respeitadas não em igualdade mas equidade .
" A sua tarefa não é procurar o amor, mas simplesmente encontrar todas as barreiras dentro de si que você construiu contra o Amor " - Rumi
O artigo é longo porque tentava contemplar maior informação possível, baseai-se nos estudos e trabalho desenvolvido ao longo dos anos, mas é trabalho profundo que requere tempo e dedicação da parte do paciente e alguns quando mergulham na sua sombra pela vergonha, medo e o vício no desamor desistem do processo.
Acredito que nada está errado e tudo surge no momento certo para todos nós, por isso confie em si e ame-se este é principio básico.
Abraço com Amor
Ana Tavares

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