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Libertação Emocional

  • Foto do escritor: Ana Tavares
    Ana Tavares
  • 22 de jul. de 2018
  • 4 min de leitura

No artigo anterior sobre a consciência Emocional através dos relacionamentos, falei de uma forma resumida como as relações trazem consciência, como as crenças definem as relações, como o inconsciente atrai as pessoas certas a experiência necessária.


Hoje falo de libertar as feridas emocionais e/ou máscaras, crenças e emoções retidas dentro de nós pela consciência das mesmas, não existe nenhuma formula mágica, ninguém o poderá fazer por nós, existem sim pessoas que ajudam, potenciam e dão consciência de onde o mergulho tem de ser feito, felizmente existem também pessoas que dão a sustentação amorosa a que esse mergulho seja feito de um forma mais confiante e suave impulsionando o melhor de nós.


É um processo profundo o da transformação e onde nos permitimos, é preciso ir onde antes reprimíamos as nossas emoções, desde cedo pela inconsciência onde todos somos educados e mais tarde educadores, a repressão e a negação exercem um poder sobre nós, moldando-nos a um esquecimento de quem realmente somos, é aqui começa a nossa sensação de inadequação, de não pertencer aqui, de esquecer nosso propósito e a nossa essência amorosa.


Nesse processo de repressão e negação enquanto crianças somos "obrigados" a criar máscaras, pois cedo descobrimos que essa é a forma de sentir que somos aceites e amados pelo Pai, a Mãe e as pessoas mais próximas, é aqui que dá o inicio das feridas emocionais, das matrizes do eu inferior, das máscaras ou feridas da criança interior como cada um entender melhor.


Então neste processo de liberação emocional que temos vindo a ser convidados a fazer, é preciso mergulhar dentro de nós, não para encontrar culpados porque isso daria sustentação à matriz da vingança e as relações karmicas, mas para podermos identificar o que deixamos de sentir em nós, de que forma a nossa espontaneadade foi reprimida ou negada para sermos aceites e como isso nos trouxe até aqui.


E tomar consciência disso é necessário porquê ?


Porque foi durante esse processo de repressão e negação da nosso liberdade individual, do condicionamento a forma como recebíamos amor e eramos ou não aceites que nasceram ódio e a raiva reprimidas, que nasceu a insegurança e a desconfiança, que nasceu a falta de auto-estima, a sensação inadequação e de não pertencer a lado nenhum, a culpa e a vergonha são um dos travões a este mergulho, e o ego/eu inferior usa isso muito bem a seu favor para manter o “controlo” das nossas vidas porque está viciado em nossos padrões onde acha que controla o sofrimento e a dor, quando na realidade o não mergulhar em nós, o não tomarmos consciência das feridas emocionais é o que dá sustentação aos ciclos/padrões de dor e sofrimento nos quais esse eu inferior/ego está viciado.


É preciso assumirmos responsabilidade sobre nosso processo, sobre as nossas feridas emocionais, sobre nossas escolhas em cada momento, só quando tivermos a coragem de estar perante nós e a tudo aquilo que criamos teremos a capacidade de libertar-nos dessas dores e sofrimento e em consciência Amor Próprio pelo nosso Ser que merece muito.


Falei do perdão no artigo anterior, volto a frisar a sua importância é preciso tomarmos consciência que as outras pessoas são o veículo para nossos crescimento pessoal e espiritual, ao nível da Alma não existe relacionamento pais e filhos, e restantes denominações relacionais, existem almas que decidiram ajudar-se no seu propósito individual e coletivo.


Assim quando temos a capacidade e a consciência de perceber a aprendizagem que determinada pessoa trouxe consigo, mas que na realidade é para a nossa consciência é possível perdoar, é possível ser grata/o - neste processo que em nada é mental, ele é um processo onde a mente está envolvida apenas para a cooperação de trazer a consciência e onde está totalmente ligada as emoções e à intuição – aqui a pessoa consegue naturalmente porque seu estado natural é a compaixão, humildade, empatia, gentileza (caraterísticas da energia feminina), exercer o perdão forma natural libertando-se assim das ligações de dor e sofrimento que união à outra pessoa e aquela ferida emocional.


Este processo emocional de libertação pela consciência tem um objetivo a pacificação interior com as nossas emoções, com as mascaras e feridas emocionais criadas este momento que antecede o Eclipse é uma oportunidade de estarmos recolhidos neste Amor por nós, na compaixão por todos os envolvidos no processo e da inconsciência de cada um de nós, é oportunidade de desapegarmos da matrizes de julgamento, vingança, e dos ciclos viciosos de dor e sofrimento, é oportunidade de purgarmos em nós e nas nossas vidas o que não se encaixa na nossa natureza.


Cada um de nós tem a oportunidade de fechar um ciclo de dor e sofrimento, limitação no seu processo individual e de iniciar um ciclo totalmente novo, mesmo que não saiba o quê...que possamos colocar a intenção que seja amoroso.


"Você não se liberta de um trauma, sem olhar para ele. Você só ressignifica um trauma, quando se permite entrar nele, até que você possa ir além. " Sri Prem Baba


Abraço com Amor


Ana Tavares


 
 
 

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