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Profundezas do Mergulho em Amor

  • Foto do escritor: Ana Tavares
    Ana Tavares
  • 21 de dez. de 2017
  • 4 min de leitura

Cada um de nós tem um processo individual, que não deve ser comparado porque ele é baseado na nossa existência, está registrado no nosso Adn cuja ciência comprovou que não existem dois iguais.


Entrar no jogo de qualquer tipo de comparação é alimentar o ego da inferioridade ou superioridade sobre alguém ou algo, por isso basta que cada um de nós consiga colocar-se em si mesmo.


Somos ao longo de 2017 convidados a mergulhar no desconhecido, que para nós são as feridas emocionais e a forma como atuam em cada momento, as crenças, relação connosco próprios e como isso se reflete na reflexão com outros e vice-versa, quais são as emoções que não permitimos mesmo emergir.


Estamos a ser convidados a mergulhar profundamente no Interior o que na realidade é desconhecido para a grande maioria de nós fomos ensinados só a ser e fazer para fora, a dar amor mesmo que não exista amor próprio, a respeitar o outro quando muitas vezes o respeito por nós não existe, a manter fora aquilo que não existe dentro, logo não somos doadores de amor, de respeito, lealdade ou qualquer outra coisa, somos dadores para obter algo em troca.


É preciso ir ao desconhecido do mais profundo amor interior para depois sermos doadores de amor.


Procuramos fugir das emoções, do sentir, da sensação de perder o controle, de sentir que o coração não aguenta mais procuramos terapeutas, locais sagrados, xamãs, procuramos lugares e pessoas que levem a conseguir atingir a contemplação e cuide das nossas responsabilidades e feridas.


E está tudo certo, tudo é preciso e faz parte em determinado momento, mas as vezes são pensos rápidos e fugazes, trazem conforto e aceitação no momento liberta-nos do peso de sentir a diferença, de não encaixar nos em lado nenhum, de não conseguir algo, por momentos alguém compreende.


Depois elas voltam a surgir, as feridas que apenas foram lambidas afinal não estão saradas, porque o penso que foi oferecido ainda que verdadeiro é temporário, a pessoa precisa aprender a cuidar dos seus ferimentos, assumir controlo e responsabilidade no seu processo, precisa querer mergulhar profundamente dentro de si e nutrir-se em Amor, ser seu cuidador principal.


A medida que o mergulho se aprofunda algo dentro de nós move-se criando espaço e leveza onde anteriormente tudo que existia era peso, raiva, mágoa, culpa a medida que movimenta é interior é descendente no sentido de tomar consciência sobre si, o amor por si entra em ação e começa a manifestar-se em tudo e todos à sua volta naturalmente.


Tudo aquilo que outrora estava escondido e camuflado, contém sabedoria, serviu um propósito com tudo aquilo que cruzou seu caminho levando ao encontro cada vez mais próximo é profundo com a Alma.


A clareza passa a ser um estado natural e normal, onde consegue perceber que no plano maior existe sempre uma sincronização perfeita a ser atualizada em cada momento no sentido de não fechar o seu coração.


Vamos sendo convidados a ir a níveis mais elevados de Amor, como as profundezas do perdão, da aceitação, da paciência, da compaixão.


Aprendemos a muito a fechar o coração para não sofrer, porque não confiamos, porque não nos sentimos seguros, tantos são os motivos pelo qual cada um fechou o coração, então é preciso ir visitar esses espaços não cá fora mas dentro de nós, é preciso amar aquilo que outros não amaram, é preciso nutrir o que não foi nutrido, é preciso tempo para dissolver tudo o que está no banco de memória da vida de cada um, é preciso tomar consciência das personas que te habitam, é preciso uni-las uma de cada vez, depois é preciso soltar, transformar e criar mudanças reais deixando ir tudo que precisamos deixar ir para irmos de volta ao coração.


As vezes podemos precisar gritar, outras chorar, outras ficar só no silêncio, é preciso ir no fluxo das profundezas interior e ter tempo para cuidar dessas feridas.


E sentirás momentos de profunda ligação onde sentirás a sentir preenchida em amor, tranquilidade interior, irás ligar te a ti e a tua fonte nutridora de êxtase interior.


Agora antes disso irá existir momentos desespero, ódio, raiva, e depois vira momentos de oscilação, entre isto e a paz até que o equilíbrio cristalino seja real na sua essência total.


Nessa profundidade amorosa não é necessário controle, existe um estado presença que repousa no interior é permanece em repouso nas possibilidades infinitas.


A questão é que tudo no universo é infinito, seja a energia ou campo de possibilidades, a nossa mente essa é finita e limitada, não é elástica essa mesma mente que está viciada em determinados movimentos vai encontrar todas as razões possíveis e conhecidas por si para não se abrir ao amor, ela não quer sair do seu campo de segurança e ganhar elasticidade e por isso evoca os medos, inseguranças e cria dúvida, divisão e separação de tudo e todos que a possa ligar ao coração onde reside a centelha da Alma que sempre está presente, na realidade a mente não quer render se ao amor e perder o controle.


A Alma não precisa corpo físico para existir e expressar -se em Amor, ela é essa manifestação sempre, já a mente precisa do corpo, da fisicalidade, da matéria, dos conceitos, das crenças e até das feridas emocionais que alimentam a sua história para que possa estar no comando.


E o que acontece ao mergulhar no desconhecido, nas profundezas interior ela pode sentir-se e reconhecer o caminho do Amor.


Mergulharem os nas profundezas tantas vezes quantas as necessárias a encontrar o caminho de volta ao Amor, à infinita sensação de estar em casa, de pertencer, à medida que esse caminho decorre vamos nos sentido através dele, umas vezes sorrimos outras choramos, outras está deprimidos outras na euforia, teremos momentos em que a dor parece rasgar e que vamos perder o controle, que vamos perder tudo, e quando achamos que não é possível ir mais profundo eis que o buraco afunda, o objetivo é encontrar em nós a força que cola todas essas partes feridas e cheias de dor, o objetivo é encontrar amor que liga tudo que existe na criação.


Sem Amor tudo desvanece, tudo é temporário, tudo que é feito é doado em Amor abraça o desconhecido total sustentação em cada momento.


No final tudo serve para servir a Alma é seu processo, tudo é uma busca pelo Amor, tudo caminha na direção do silêncio e desdobra-se a partir daí.


Com Amor



Ana Tavares


 
 
 

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