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Para sentir ....

  • Foto do escritor: Ana Tavares
    Ana Tavares
  • 24 de out. de 2017
  • 7 min de leitura

Recomendo que à medida que vão lendo estas palavras que observem onde é que a vossa mente quer interferir, onde é que ela está pronta para controlar, durante 18 meses fiz um trabalho intenso com textos e satsangs de Sri Prem Baba e no principio a minha mente queria justificar, controlar, julgar enfim usar os seus mecanismos de defesa para não me deixar sentir o que realmente aquelas palavras queriam transmitir para chegar ao meu coração, é como um treino que nos propomos fazer.


É tão fácil julgarmos, é tão fácil dizer que fazíamos diferente, é tão fácil culpar o outro/s, é tão fácil dizer como e quando é que o outro tem de fazer alguma coisa, é tão fácil acusar, é tão fácil cobrar, é tão fácil rejeitarmos, é tão fácil competir, é tão fácil pensarmos que somos os donos da razão, é demasiado fácil fazer tudo isto e muito mais sem pensar nas consequências para nós e os outros...


É preciso parar para sentir que todos nós sem excepção tivemos momentos e experiências onde fomos abusados emocionalmente, verbalmente e muitos há que fisicamente seja pelos maus tratos ou pelo abuso sexual, todos em algum ponto fomos julgados, rejeitados, fomos mal recebidos, mal amados, ninguém passa imune a uma experiência que tenha gerado feridas emocionais, esses traumas geram condicionamentos em todos nós, dentro de todos nós existe uma criança ferida a procura de amor, compreensão, delicadeza e proteção.


O ego da inferioridade criada nas experiências que geraram feridas emocionais, tem essa necessidade de julgar, criticar, rejeitar, cobrar, competir, invejar são formas de defender-se da dor e sofrimento de deixar de sentir-se inferior. Existe como em tudo o polo oposto o da superioridade onde a arrogância de achar que está acima dos outros seja pelo conhecimento, pela profissão, dinheiro, gera essas mesma experiências em relação ao outros, na verdade elas não diferem uma da outra porque ambas criam divisão, separação e hostilidade.


Os traumas podem demorar tempo a ser resolvidos, levaram tanto tempo quanto o que estaremos dispostos a mergulhar nessas emoções que rejeitamos e suprimimos em algum momento, o ponto de fragilização que tenho mencionado em artigos é o ponto que permite ligar-nos ou reconetar-nos a nós mesmos, é através desse mergulho emocional onde damos espaço á compaixão e aceitação de tudo que está escondido dentro de nós que reconstruímos e fortalecemos o Ser.


A medida que mergulhamos no nosso processo interior, que percebemos os mecanismos do ego, que damos espaço as feridas emocionais manifestar-se, que somos compassivos com nosso Ser e todo seu processo damos espaço à transformação e à cura dessas feridas, as projeções sobre os outros diminuem porque a compreensão, a empatia e compaixão serão ativados, deixamos de hostilidades, deixa de ser dificil ao nosso ego digerir os outros, a compreensão expande-se.


Na verdade o ego quando julga, rejeita, critica, cobra e todas outras é uma forma de criar uma distância para lidar com outros e as situações, cada vez que o ego cria distância é uma defesa para não enfrentar e não lidar com as emoções, com a dor, a sofrimento ou medo, tudo isso gera acima de tudo divisão dentro de nós e com tudo que nos rodeia.


Infelizmente sem percebermos esses mecanismos internos que nos habitam, que estamos a viver no inconsciente, a não aceitação, é uma forma de perpetuar o drama, é verdade existe dentro de nós uma memória que perpetua e alimenta todo drama, toda a dor e o sofrimento, é como uma segurança uma espécie de portas trancadas da nossa sombra, sem percebermos que a porta de sombra e da fragilização é a porta para o renascimento, a transformação e cura dessas feridas emocionais.


A evolução, a energia ou o momento presente esta a convidar a observarmos, a sentirmos e percebermos as nossas feridas emocionais que não estão curadas, os outros que nos rodeiam e os acontecimentos em cada momento são uma forma da experiência de vida mostrar-nos o que está em desiquilibrio e não temos consciência, onde precisamos sentir e observar dentro de nós as emoções, os pensamentos, só quando a mente consegue silenciar sem julgamentos, projeções e conseguimos sentir um "espaço vazio" onde o coração sente a nosso Presença onde tudo fica em paz podemos claramente integrar o que é e não é, até lá andamos nos jogo das projeções da mente que acha compreender algo que só é possível ser compreendido pelo coração e as emoções.


O poder da escolha é igual para todos em cada momento, a crença que uns são mais beneficiados que outros é do ego, cada um tem em si a capacidade de parar com a hostilidade permanente que estamos a gerar na nossa mente com connosco, essa hostilidade é gerada pelas feridas emocionais e pela raiva de não aceitarmos as experiências que estamos a viver em cada momento, é alimentando o ódio que os outros são a fonte do nosso sofrimento quando na realidade é o ego que gera essas projeções, divisões e confusões, a experiência é a experiência, é um convite à consciência à aceitação, á incerteza, ao conhecimento do Ser que habita este corpo.


O ego que a autoridade à força, custe o que custar, gere a hostilidade, o confronto, a divisão não importa , a Alma sabe que já é a autoridade e só quando essa ligação vai sendo feita em cada momento em que estamos presentes em nós, no que estamos a sentir e a viver em total aceitação é que a paz e o amor voltam a ser restabelecidos em nossos pensamentos e emoções.


Quando alguém fala coisas que te magoam, rejeita, critica qual é a parte de ti que fica revoltada ... o ego, é o o mesmo que ego que ativa o ataque ou a defesa, é mesmo ego que ativa o mecanismo que tem como forma de não sentir as emoções, podemos sempre optar, a critica, o julgamento, a rejeição fala mais sobre a pessoa que o pratica do sobre nós, no entanto essa hostilidade que foi dirigida à nossa pessoa tem o objetivo de despertar a consciência das feridas emocionais que estão no inconsciente.


É aqui que temos o poder da escolha de entrar na energia de hostilidade onde os egos serão os principais intervenientes ou optamos por sentir sem fugir o que aquela situação nos está a obrigar a sentir e ver em nós, sem precisar de alimentar o que seja, não importa o que o outro posso julgar ou pensar esse é o seu processo, nosso é sentir as emoções que estão emergir sejam raiva, ódio, culpa, tristeza, mágoa ou que for, é uma grande oportunidade de saber que emoções são essas que se escondem em nós que ainda geram desiquilibrios.


Estamos realmente a poder observar a cada dia a realidade, já ninguém consegue fazer como a avestruz e esconder-se no seu mundo fictício sem querer enfrentar a realidade porque ela está a chegar seja através de pessoas, acontecimentos, perdas, doenças, catástrofes naturais, essa realidade que está a convidar-nos a olhar para dentro e a perceber que feridas são essas que cada um de nós carrega que está a gerar este caos.


Existem tantos campos sombrios e subtis onde apenas o amor e a compaixão pode trazer de volta a paz e alegria de ser e estar em cada momento.


O medo é alimentado pela mente, porque esta tem um programa que tem como objetivo defender-nos e controlar todos os acontecimentos com unico objetivo de não voltar a sentir dor e sofrimento que a memória celular tem registrada, assim sendo a principal fonte de alimentação do medo é a incerteza, quando conseguir ter uma aceitação de a incerteza geram experiências e aventuras, mudanças e não apenas desgraças e sofrimento conseguiremos ter momentos de paz interior e ter nossos pilares da fé ( que nada tem haver com religião ), a dar sustentação interior.


A matriz da inveja é a não aceitação do bem do outro, das suas conquistas alegrias, do seu bem -estar, saúde, é o ego que sente inferior ao outro gerando esta matriz, quando conseguirmos aceitar o bem do outro a inveja vira inspiração para si e os que o rodeiam.


O que gera a raiva é a não aceitação, é a dificuldade que o ego tem em aceitar que não controla as pessoas, as situações, as frustrações, gerando raiva até de nós próprios, não aceitando as experiências como evolutivas e transformadores, mas sim uma ameaça ao seu controlo, a raiva gera intolerância a nós próprios e às experiências que vão surgindo ao longo da vida.


O ódio existe faz parte da experiência emocional, tal como todas as outras emoções, até que existe espaço à sua manifestação ele estará suprimido mas ganhando força, o ódio é gerando pela não aceitação do processo em si e das outras pessoas tal como o são, é gerado pela não aceitação de todas as outras perspectivas que existem ao nosso redor, vai alimentando essa ferida. A criança começa por despertar o ódio na infância, porque não pode ser expressado e compreendido fica suterrando no seu corpo, mente e energia.


A melhor forma de termos consciência do equilibrio ou desiquilibrio da nossa vida é observarmos cada área percebendo qual é a base se o amor, a partilha, a compreensão ou hostilidade, medo, controlo, raiva, o desiquilibrio e isto não serve para para nos julgarmos serve para sermos autênticos e honestos connosco e sabermos por onde podemos começar a transformação, mesmo que existam muitos obstáculos todo aquele que decide no seu coração iniciar essa transformação move no Universo as forças necessárias a que o caminho se desenrola, sabendo que o poder da esolha reside em si em cada momento de aproveitar ou não as oportunidades que surgem.


Todas as emoções e feridas emocionais ficam até ao dia que sai descontroladas, normalmente quando a pessoa já é um adulto de forma a que este possa escutar a dor e o sofrimento, escolhendo aqui perpetuar esse sentimento pela não aceitação dessa parte sua, não aceitando a sua experiência humana continuando alimentar essa hostilidade dentro de si, na sua vida e ao seu redor, ou dando espaço a perceber como essa emoção opera dentro de si, em que situações surge, com quem, aceitando que isso precisa de espaço e tempo à transformação dentro de si.


Lembre-se dentro de si existem feridas emocionais que apenas aguardam a sua compreensão e amor, seu cuidado para serem transformadas, assim como em todas as pessoas que você conhece, isto não serve para desculpar hostilidades ou comportamentos, serve para que você possa encontrar dentro de si o poder de escolher não alimentar isso em cada momento, o poder de libertar-se do julgamento ou qualquer outra matriz emocional.


Desejo que cada um possa encontrar em si momentos de profunda conexão e expansão, de paz e amor, de compaixão e empatia pela sua história, que percebam que o ego de todos nós é viciado em sofrimento e está sempre alimentar um dialogo interno que quer perpetuar a história do passado, o poder da escolha, o poder do amor próprio vai dar-te o poder de dizer chega não quero alimentar mais hostilidade dentro de mim, quero poder saber que feridas são esssas que me afundam, que geram desiquilibrio nos meus relacionamentos, nos meus sonhos, na minha saúde, no meu dinheiro. que possamos conseguir silenciar essa mente controlar que só gera descontrolo e hostilidade.


Com Amor



Ana Tavares


Recomendo Satsang de Setembro são apenas 22 minutos cheios de informação para chegar ao coração...









 
 
 

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