As Matrizes Emocionais - Culpa
- Ana Tavares
- 23 de jun. de 2017
- 5 min de leitura

As Matrizes Emocionais como fonte de oportunidade ao auto conhecimento, neste artigo irei abordar a culpa e a forma como se desdobra nas nossas vidas, de como isso depois dá força a outras feridas emocionais e todas elas juntas geram o caos nas nossas vidas e no planeta.
A culpa é uma das maiores matrizes de doença, ela é uma emoção associada à baixa auto estima, a culpa aprisiona o chakra cardíaco, gerando outras emoções que geram rejeição, descrença, insatisfação crónica, pânico, depressão, dependência, sensação de incompetência e tantas outras, tudo isto gera um estado emocional e mental muito dilacerante levando à insegurança emocional e à solidão.
O Ser Humano que carrega uma matriz emocional de culpa muito grande agoniza, vive angustiado e desesperado muitas das vezes sem saber porquê, como se o seu campo de defesa natural estivesse a ser permanentemente atacado.
O que no corpo físico é gerido pelo sistema nervoso e as glândulas supra renais onde estes estão sempre em alerta, levando ao desgaste vital, a mecanismos de fuga ou ataque.
O que quer este Ser Humano ? Reconhecimento, ser aceite e amado mas quer que seja o exterior, os espelhos a devolverem-lhe esse Amor, afinal perdeu a capacidade de reconhecer-se a si mesmo, de aceitar-se em cada momento, à muito que perdeu o amor por si, esqueceu-se que é a fonte nutridora de si mesmo em cada momento.
Com o decorrer do tempo a solidão e a insegurança passam a ser um estado natural, mas onde a desvitalização dos chakras e a defesa natural energética fraca abrindo assim os chakras e a pessoa fica exposta a diversos tipos de agressões.
Quais as agressões que podem ser recebidas aqui ?
Como todo o registro está no corpo astral da pessoa, ao nível do corpo físico vai atrair bactérias, vírus, fungos, ou seja, onde a doença é uma oportunidade de estar na sua defesa/mascara que é a solidão, para dessa forma possa observar-se e ver porque está a gerar, quais são as emoções que estão a dar origem a essa paragem e fragilização ? Claro que aqui a culpa nunca caminha sozinha é preciso analisar qual a doença em concreto para saber as emoções associadas.
Ao nível emocional a pessoa vai atrair pessoas e situações que serão verdadeiros catalisadores que irão debilita-la fazendo a sua vitima surgir e emergir como mártir de todas as situações e pessoas, quando na realidade esta é a oportunidade de auto conhecimento de si mesmo, de observar-se, é a catarse onde observa quais as emoções que estão dentro de si a sustentar essa culpa como real.
As matrizes emocionais são uma espécie de usinas que nunca cessam de trabalhar mesmo quando dormimos, são como um íman que nos puxa até as experiências necessárias como campo de auto conhecimento.
Depois vivemos neste jogo da vida em que sugamos, rastrearmos sem interrupções tudo aquilo que pode suprimir a nossa carência, sejam compras, relações, profissões, vícios enfim o que fizer sentido no momento para cada um, todo o Ser Humano quando está no seu estado inconsciente tem falta de nutrição interior, vai assim estabelecendo as ligações pelos corpos subtis até encontrar as condições necessárias aos mais diversos quadros emocionais.
A carência gera relacionamentos de dor, desequilíbrio, sofrimento e auto-destruição, relacionamentos confusos em busca desse Amor no outro como fonte, levando-nos uma e outra vez ao desequilíbrio e a relações frustradas, em que as feridas emocionais estão em jogo umas com as outras, as emoções estão a embater permanentemente umas nas outras, vai assim criando aversão à pessoa ou à experiência, pelo meio temos as mascaras que são emoções, crenças que não nos deixam observar a real raíz do processo interior.
Daqui nascem as condutas emocionais de raiva, revolta, injustiça, culpa, orgulho, arrogância, tristeza, mágoa e tantas outras, a projecção com o exterior é o espelho onde permanece escondida a ferida em nós.
Ficamos cansados, desvitalizados, sem forças, pobres e infelizes, ficamos na vitimização em que o outro é a fonte de dor e sofrimento. Quando na realidade o outro ou a experiência, é o campo de oportunidade onde as condições de superação, reeducação interior e de auto conhecimento estão presentes, aquele que assumir a responsabilidade pelo seu processo, aquele que em aceitação e coragem assumir as rédeas no momento de fazer a auto observação tem como oportunidade a a libertação emocional e a transformação.
Se desejarmos realmente sair desta roda de sofrimento e dor interior, devemos retomar ao caminho interior, pela responsabilidade das experiências e pessoas que atraímos, transformando em cada momento os impulsos primários da personalidade e dos valores do ego, devemos aprender a questionar os nossos valores e verdades, aprender a superar o estado de carência, voltando à recuperação do centro no Eu interior e individual, estar na nossa presença em alegria e amor próprio como fonte sustentadora e preenchedora de todas as necessidades emocionais.
Tudo se faz com aceitação, responsabilização, amor próprio, coragem, fé e muita humildade.
Aprender a conhecer as feridas e as suas mascaras é aprendermos a assumir o comando da nossa vida, é percebermos como geramos e atraímos as experiências e as pessoas como campo de oportunidade, por exemplo na ferida de abandono a carência gera solidão como defesa, o ser aprendeu a idealizar uma utopia de um mundo perfeito cheio de pessoas irreais que irão dar sustentação ás suas crenças, no caminho esqueceu-se dos valores superiores como a fé, amor, alegria, paz e vive numa prisão interior e exterior onde a mente diz uma e outra vez que está desamparado.
Reeducar a carência emocional e a solidão interior exige responsabilidade individual de educar as crenças, a mente, as emoções e a realidade em cada momento.
Aquele que espera que o outro mude, que o outro faça, que outro resolva, que outro sinta, que outro pense e na realidade está a culpar o outro e a dar sustentação ás suas feridas internas e a aumentar a sua ferida emocional de mágoa e ressentimento.
Ninguém tem o poder de parar o nosso processo individual a menos que essa capacidade e poder lhe seja atribuído, a quem deste o teu poder ? E porquê ? Qual era a carência ? E o que gerou essa carência ? Raiva, revolta, injustiça, culpa, mágoa, percorrendo os mesmos padrões de irresponsabilidade pelo seu processo individual assim dando sustentação às experiências que se repetem uma e outra vez, bem como as suas feridas emocionais e crenças
Então quem é a fonte de dor e sofrimento : O PRÓPRIO
E vivemos a vida a culpar os Pais, o estado, os políticos, as catástrofes naturais, os filhos, os companheiros/marido/esposa, os amigos, a escola, o dinheiro todos são culpados menos o próprio ...será ?
Onde esta a sua culpa ?
Qual a origem ?
Quem o faz sentir culpado/a ?
Em que circunstâncias ?
E a raiva ?
E a injustiça ?
E a revolta ?
E a mágoa ?
Assume a tua responsabilidade,
Assume teu poder,
Assume que és fonte,
Assume que és tu a fonte de Amor
Assume que és fonte nutridora de ti mesmo/a
Assume que és alegria
Assume que és tudo que precisas de ser
Abraço com muito amor pelo processo individual de cada ser, grata pela oportunidade de partilha
Com Amor,
Ana Tavares
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